Você já deve ter ouvido por aí que a poupança não está rendendo o que deveria. Contudo, por este ser o investimento mais escolhido pelos brasileiros (62% escolhem este meio para fazer reserva financeira), a ideia de que a famosa caderneta não é tão boa assim pode nos deixar bem perdidos sobre qual seria o melhor lugar para guardar dinheiro. Spoiler: não é debaixo do colchão!
Hoje vamos apresentar para vocês algumas opções disponíveis para substituir a poupança e fazer o seu dinheirinho render um pouco mais. Vamos lá?
A poupança é a aplicação de renda fixa mais simples e acessível que existe no mercado. Até crianças podem ter uma conta ou caderneta de poupança, desde que possuam um representante legal. É também isenta de taxas ou tarifas e pode ser aberta em qualquer banco de sua preferência, além de ser possível sacar o dinheiro aplicado (liquidez) a qualquer momento ou mesmo pagar um boleto direto na sua conta.
A rentabilidade da poupança é calculada a partir da seguinte fórmula:
Rendimento da poupança = 70% da Selic + TR (Taxa Referencial)
Levando em conta que a TR está bem próxima de zero, podemos afirmar que a poupança rende apenas 70% da taxa Selic. Sendo assim, quanto mais baixa a Selic, menor será o rendimento da poupança. Esta taxa é revisada a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), e atualmente está em 2%.
Dentro deste cenário, a poupança passou a render cerca de 1,4% ao ano, contudo a expectativa para a inflação oficial do país, medida pelo indicador do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é de 2,99%, segundo o relatório Focus do Banco Central. Desta forma, a projeção para 2020 é que a poupança renda menos que a inflação (retorno real negativo).
O jeito é escolher um investimento com benefícios iguais ou similares à poupança e que estejam de acordo com seus objetivos e perfil de investidor. Então é interessante levar alguns pontos em consideração:
Feita esta análise, é possível escolher qual o investimento que faz mais sentido para você e para o seu plano de vida. Vamos ver algumas opções?
Ao investir em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) você está, basicamente, emprestando dinheiro à um banco e, em troca, recebe uma remuneração. A rentabilidade dessa aplicação é diária, assim como a sua liquidez, e o seu índice de referência é o CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro), que varia de um banco para o outro; sendo mais interessantes os que oferecem, no mínimo, 100% do CDI.
O CDB, assim como a poupança, também é coberto pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que oferece proteção ao valor investido até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, em cada instituição financeira. Mas, diferentemente dela, ele não é isento de Imposto de Renda e sua tributação varia de 15% a 22,5% (sobre o que render), conforme o tempo de aplicação do investimento. Fique atento a isto, pois quanto maior o prazo, menor será a alíquota.
Se no CDB você empresta o dinheiro a um banco, no Tesouro Direto o empréstimo é feito para o governo, que utiliza esse dinheiro para fazer investimentos e manter os serviços públicos; e remunera os investidores com taxas atreladas à Selic, à inflação ou à outras taxas predefinidas, que sempre remuneram mais do que a poupança.
É um dos investimentos mais seguros que existem, pois é emitido pela mesma instituição que imprime o dinheiro no país, o que faz com que seja considerado muito confiável pelos mais diversos investidores, apesar de não contar com o FGC.
O Tesouro Direto também é tributado, como o CDB, e o valor da alíquota também irá depender do tempo de permanência da aplicação. Ah, é possível retirar o investimento, sempre que você desejar.
As letras de crédito imobiliário (LCI) ou do agronegócio (LCA) funcionam, também, como um tipo de empréstimo feito às instituições financeiras que exercem alguma atividade de crédito nestes setores. O objetivo é emprestar dinheiro a esses segmentos do mercado com o valor possuído pelos investidores.
As LCIs e LCAs costumam ter a rentabilidade um pouco menor que o CDB e o Tesouro Direto, além de prazo de carência para sacar, mas são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas e contam com a cobertura do FGC.
Os fundos de Investimentos são uma espécie de condomínios de investidores, que juntos contratam um gestor especializado para investir seu dinheiro. Quem adere ao fundo recebe cotas de participação, sendo um tipo de sócio. Nos Fundos de Renda Fixa, a instituição irá investir apenas em aplicações de renda fixa – como títulos públicos, CDBs, letras de crédito, entre outros – e a rentabilidade e o risco irão depender das decisões de gestão destes administradores.
Estes fundos, normalmente, são ótimas opções para quem não gosta de correr riscos, mas deseja, ainda assim, diversificar os investimentos. Contudo, eles não contam com a garantia do FGC, possuem custos com taxas de administração e incidência de imposto de renda sobre os rendimentos.
Essas informações já te ajudam a perceber que existem outras opções além da poupança, tão seguras quanto ela e que ainda oferecem um rendimento maior, não é? Vale a pena pesquisar aquela que mais te agrada e que seja compatível com os seus objetivos.
Ah, só mais uma coisa antes de terminar: todas as opções que apresentamos podem ser encontradas tanto em bancos quanto em corretoras de investimento.
Ficou com alguma dúvida, ou tem alguma sugestão? Fale com a gente nos comentários, ou acesse as nossas redes socias. Será um prazer ter a sua participação!
Existimos para ajudar pessoas a redesenhar sua vida financeira, transformando seu dinheiro (pouco ou muito) em um meio de realização de sonhos.
Segunda a quinta: 9h às 18h
Sexta: 9h às 12h
Sábado e Domingo: Fechado