Mas isto não é nenhuma novidade. No Brasil, a educação financeira é extremamente deficitária como atestou uma pesquisa realizada em 2016 pela S&P Global Financial Literacy Survey, onde apenas 35% das pessoas entrevistadas acertaram as questões relacionadas a conceitos financeiros básicos, como diversificação de risco, inflação, habilidade numérica e juros compostos.

Este “analfabetismo financeiro” impacta diretamente a forma como lidamos com o nosso dinheiro, que, ao invés de ser consciente e racional, passa a ser impulsiva e incoerente. Sendo assim, não é incomum encontrarmos pessoas que não têm ideia de quanto gastam por mês ou não se preocupam em classificar suas despesas (alimentação, moradia, educação, lazer), nem como cada uma delas influencia o orçamento familiar.

O resultado disto pode ser visto em números: em 2019, 62% da população brasileira não economizou um centavo, o volume de pessoas com contas em atraso em janeiro de 2020 representou 40,8% da população adulta do país e apenas 1 entre 10 brasileiros com mais de 25 anos poupam dinheiro pensando na aposentadoria; e mais do que isto: 36% dos brasileiros nem sabe para o onde o dinheiro do mês foi.

Foi pensando neste contexto que percebemos que realizar palestras, ensinar e produzir cursos não era suficiente. Nós sentimos que precisávamos fazer mais para desmistificar a ideia de que lidar com o seu próprio dinheiro é algo desconfortável, difícil e sofrido. Por isso, a Saldo Positivo existe: decidimos criá-la para ajudar brasileiros a reinventar a sua relação com as finanças.